O pior cão do mundo

domingo, 2 de maio de 2010



Eu pensava que se tratava apenas de mais um filme de cachorro inteligente, como muitos que passam na sessão da tarde. Mas não foi isso o que encontrei.
Marley & eu é um filme sobre o amor. (Eu sei, isso foi brega, mas o amor é brega e todo mundo gosta!) Como esse cachorro chato, bagunceiro, que faz um monte de sujeira e dá um monte de trabalho, se torna cativante. E não é assim que é o amor? Ninguém ama alguém por aquela pessoa ser perfeita, por isso ou por aquilo, como um produto fabricado e escolhida à preferência do cliente. Não. Simplesmente você não explica porque ama, você ama e pronto. Não à toa tem tanta gente que sofre por quem não presta, mas isso já é entrar em outra discussão...
Mas, de qualquer forma, é nisso que está a beleza do sentimento. Nos deparamos com o fofíssimo casal, John e Jennifer, que é o típico casamento perfeito. E se torna mais perfeito por ser realista, e não um conto de fadas. Eles brigam SIM, passam por suas crises SIM. Mas eles se amam, e superam as dificuldades.
É um filme pra rir e chorar, ao mesmo tempo. Um filme que nos faz ver que às vezes traçamos planos nas nossas vidas, como John queria de todo jeito ser repórter, mas por motivos financeiros e por sua família decide escrever artigos, função para a qual recebe mais. E no final descobre que gosta disso. Jennifer, que fez sua vida inteira por planos, larga tudo para cuidar de sua família nascente. Assim como na vida de qualquer pessoa, nem sempre podemos controlar os rumos que ela toma, e às vezes ela se decide por si só. Mas o que fica, de fato, são as coisas que amamos e as boas lembranças.