Filmes que realmente metem medo!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

É fato que o que mais existe no mercado são filmes de suspense e terror. Não é à toa: é um gênero que atrai um grande público, em especial crianças e adolescentes - que teimam em se achar o corajosos quando não sentem medo por terem visto um desses, haha! E quando riem então, fazem questão de espalhar aos 4 ventos. Pois é, já me orgulhei um dia disso também!!! KKKKKKK!!! Maaas, enfim, também é fato que quem me conhce sabe que eu não sou muito de ter medo dessas coisas não. Ou melhor, de filmes, por eu ter consciência que é ficção. Óbvio que se eu visse um espírito na minha frente eu não sairia correndo - por que eu acho que eu desmaiva na hora mesmo! Mas eu sempre me interessei muito por esses assuntos de ocultismo, acredito em muita coisa, e por isso sempre tive medo e esperei ver algo. E até hoje não vi. Então o medo perdeu o sentido, como ma criança tem medo de escuro e com o tempo percebe que nada de mau vai acontecer...

Enfim, vejo filmes de madrugada que não me metem medo, fato. Mas de fato alguns são muito bem construídos, com atores convincetes, uma boa história que pareça possível de acontecer com qualquer um (quando é baseado em fatos reais então, já viu!) e até mesmo uma boa sonoplastia. Aqui vai uma lista de filmes que me deixaram sim tensas!


1. Os Outros

Durante a 2ª Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos seguindo religiosamente certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa eles terminam quebrando estas regras, fazendo com que imprevisíveis consequências ocorram.
Filme simples, mas dá medo por saber mexer com o psicológico. Um casarão escuro, clima de tensão, uma família estranha. A cena em que a criança mostra para a mãe o desenho de seus "amiguinhos" pode ser clichê, mas é bem tensa. A sonoplastia colabora com os sustos. As poucas cenas em que vemos algo de fato são mais do que suficientes, e muito realistas, a caracterização das assombrações são muito parecidas com o imaginário das pessoas.
Vale a pena!

2. Psicose

Secretária (Janet Leigh) rouba 40 mil dólares para se casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega em um velho motel, onde amavelmente atendida pelo dono (Anthony Perkins), mas escuta a voz da mãe do rapaz, dizendo, que não deseja a presença de uma estranha. Mas o que ouve na verdade algo tão bizarro, que ela não poderia imaginar que não viveria para ver o dia seguinte.
Filme do grande mestre do suspense, Alfred Hitchcock. Simples, mas bem construído. Personagens com atitudes estranhas que depertam desconfiança. Embora tenha sido filmado em uma época onde já existiam filmes a cores, Hitchcock decidiu filmá-lo em preto e branco, pois, diferentemente do que vemos atualmente, o foco não era a pancadaria, ele não queria que o sangue transmitisse demais violência. O principal era o medo, o horror psicológico. Quem não lembra da clássica cena do ataque no chuveira à moça que começa a gritar desesperadamente, cuja foto parece na capa do filme? Simplesmente genial!


3. O Sexto Sentido

O psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente.
Embora um filme de certa forma recente, é um clássico. É impossível não se sentir incomodado vendo o desespero do garoto e como ele vê pessoas mortas com todas as feridas e cicatrizes do momento da morte, e a naturalidade como elas agem por não conhecerem sua atual condição. Nos leva a refletir, por mais bizarro que seja, "será que isso pode acontecer quando eu morrer?" É, causa horro. Sem esquecer do incrível momento em que o garoto diz:
-I see dead people.
-How often?
-All the time.





Por enquanto tá bom. Depois a lista continua, já escrevi demais. Mas vale citar também "O Bebê de Rosemary", "1408", "A Pofecia"(o antigão), "O Exorcismo de Emily Rose" e "Poltergeist".

O diia em que a tristeza bate.

sexta-feira, 4 de junho de 2010


Sabe aquele dia que te faz querer sumir? Não, não estou falando de um dia chato, entediante, trânsito e ocupações. Estou falando daqueles dias que brota uma tristeza dentro da gente. Para outras pessoas essa tristeza pode ser sem motivo, mas geralmente é só a gota d'água qe faltava para usar como desculpa para soltar aquela tristeza que já estava lá dentro, em algum lugar muito escondido. E que a gente faz o possível para não encontrá-la. Porque todo mundo tem feridas, estejam ellas abertas ou cicatrizadas. E simplesmente tocar nelas pode fazer com que ela se abra novamente, ou até mesmo se agrave.`
É... Como diz Walcir Carrasco, em seu livro "Estrelas Tortas", as estrelas vistas de longe´parecem ser tão certinhas, tão perfeitas. Mas se formos observar bem, percebemos que na verdade todas elas estão bastante tortas, disformes. Assim como são as pessoas. Por mais feliz que uma pessoa aparente, todo mundo tem algo que a magoa, profundamente.
O pior é quando você pode falar com todos os seus amigos. Eles vão te apoiar, você vai chorar, e isso vai ajudar a cicatrizar. Mas a ferida não deixará de existir. Ou talvez até porque não se pode mais confiar em ninguém totalmente, porque nunca se sabe. Muitas vezes "a mão que te afaga é a mesma que apedreja", como sabiamente fala Augusto dos Anjos. Nesses momentos de tristeza, a não ser que a pessoa seja de fato um potencial suicida, por alguns segundos a pessoa poderá pensar em se matar, mesmo sabendo que nunca faria aquilo, e não chega nem perto de fazer qualquer tentativa. É apenas uma forma de traduzir para si mesmo a angústia que se sente. Pois é... Tem dores que ninguém será capaz de entender, apenas aquele que a sente.

Viajo porque preciso, volto porque te amo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010


Vi esse filme hoje no cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Um típico filme poesia. Não possui um enredo próprio, uma história complexa, mas apenas faz o espectador sentir. Sentir sim. A história é narrada por um personagem que não aparece, mas que a tudo narra, e observamos as imagens a partir de seu ponto de vista. Trata-se de um geólogo, que passei pelos sertões Brasil afora. Um sertão árido como ele próprio, lembrando o nordeste retratado por Graciliano Ramos em Vidas Secas, embora neste filme o personagem possua uma grande cultura, diferente dos do livro, que mal falam, apenas produzem sons animalescos.
O personagem principal vai mostrando os lugares para onde o Rio São Francisco será transposto. Belas paisagens que deixarão de existir, mostrando o lado negativo do projeto. Ao mesmo tempo, tudo que ele vê o lembra sempre a sua amada, que o deixou, de quem ele não nega sentir muitas saudades. Até mesmo nos olhos de uma garota que ele vê passando ele pára, olhando abismado, por identificar nos olhos dela os olhos da sua "galega". Ele até tenta encontrar esquecê-la, nos braços das mais diferentes mulheres. No começo ele é mais exigente, mas depois, acredito eu no desespero e ânsia de encontrar alguém que apague a amada de sua cabeça, começa a sair com qualquer mulher, no motéis mais de baixo escalão que ele encontra pela estrada.
Enfim, pra quem gosta de poesia, o filme possui muitas frases brilhantes. O que importa não são os fatos, mas a reflexão de um homem desamparado que mete-se na estrada, identifica-se com o meio. Um filme simples, mas profundo. Uma verdadeira poesia cinematográfica.